José Geraldo Vergetti de Siqueira
Regional ALAGOAS
Maceió, 28 de Outubro
de 2013
Conheci José Ricardo há pelo menos meio
século. Mantivemos sempre uma excelente relação de respeito e admiração.
Comerciante cativante e um pródigo homem de negócios. As vezes imagino que não
existe nenhuma casa, prédio, hospital que não possua um registro da Cristal
Vidros. Marca registrada do comércio na sua especialidade. Nossas famílias
sempre foram interligadas pela alegria natural da juventude e continuam na
admiração recíproca, e especialmente pela vocação cristã que adornam seus
profundos sentimentos religiosos.
Fiz visitas cordiais ao Ricardo em seu
escritório na Cristal Vidros. Ao
cumprimentar-me levava o interfone ao ouvido e solicitava um café capuccino para eu degustar. Os assuntos
mais diversos tinham a colaboração pedagógica da prática de vida e assim
decorríamos sobre tudo, inclusive sobre agropecuária cujo conhecimento era do
seu domínio. Exemplo de agropecuarista e produtor que transformou o campo em
jardins e ornamentou parte da rodovia em preciosas flores.
Não era filho de União dos Palmares. Adotou a
cidade e foi lá que viveu seus mais encantadores sentimentos da existência
humana. Conviveu com a cultura cabocla. Absorveu a religiosidade do povo e fez
peregrinação ao Juazeiro do Norte conduzido pela fé e robustecido pela
espiritualidade concentrada naqueles momentos.
Fomos vizinhos no famoso e histórico vale do
Sueca. Enfrentamos péssimas estradas de barro vermelho. Ele com a fazenda São
Geraldo com baixadas repletas de Braquiárias (tender-glass) e eu na fazenda Sueca. Diversas vezes Ricardo com
seus familiares foram visitados. Adorava saborear um sarapatel com uma cerveja
gelada.
Nossa produção de bezerro nelore só tinha um
destino: Fazenda São Geraldo. Além de negociar meus animais, restava-me vê-lo
semanalmente na beira da estrada em regime de crescimento e engorda.
E agora José? Quantos fornecedores de
bezerros, Emílio Maia, irmãos Barros Correia, Vinícius Cansanção, Jaime
Vergetti, dentre tantos outros numa irmandade negocial onde não era só o
negócio que funcionava e sim um sentimento inter humano que prevalecia a
cordialidade que era irmã gêmea da confiança.
Será que o desaparecimento do nosso exemplar
agropecuarista não irá ter repercussões nos negócios da pecuária alagoana?
Em verdade todos nós ficamos desconsolados com
a ausência do Ricardo. Resta-me reforçar com toda família o grau de amizade que
alimentamos por todos esses anos e em meu nome, e dos meus irmãos Lindolfo,
George, Afrânio, Zé Vergetti e Jaime e Memé e de Aleir e meus filhos Luzirene, Jaqueline,
Vega e Geraldinho e dos meus genros Fábio e Junior, nossas divinas e
sacrossantas orações.
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