14 maio, 2017

RUA PADRE GEROSA

Por:
Mário Luna Filho
Regional MARANHÃO
Email: mlunafilho@bol.com.br












Sempre quis
fazer um poema
para a rua Padre Gerosa.
Não um poema épico
ou onírico,
nem uma elegia ou haikai.
Não.
Talvez um poema lírico
ou nem tanto.
Um poema
sem parábolas ou metáforas
que fosse um poema comum
desses que se encontra
em todo rodapé de jornal.
Que fosse ao menos
um poema desses que se encontra
na seção de achados e perdidos.
Sempre quis
fazer um poema
para a rua Padre Gerosa.
Um poema mínimo que fosse,
quase não existindo,
mas que existisse.
Que lembre o menos
de tênue lembrança
de seu espreguiçar toda manhã.
Para poder acordar
uma rua perdida,
no meio de tantas outras.
Poucos conhecem (...)
a rua Padre Gerosa.
No entanto
traça paralelos minha alma,
Desembocando em todos os meus caminhos.
E que em algum lugar
da rua Padre Gerosa,
Deixei guardado
o tempo
de minha infância.






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