13 julho, 2017

BELÉM DO PARÁ

Por:
Heloisa Marceliano Nunes
Regional PARÁ
E-mail heloisanunes@iec.pa.gov.br











Moro na cidade de Belém, capital do Estado do Pará
Na Região Norte do Brasil
Que hoje, jovem em seus 400 anos,
Tem muito o que celebrar.

O Círio de Nazaré, festividade que ocorre no segundo domingo de outubro,
É a maior procissão católica do país, com mais de dois milhões de romeiros,
Tem a Catedral da Sé, como ponto de partida
E a Basílica de Nazaré como seu ponto de chegada.

A Praça da República no Centro de Belém, aos domingos, fica lotada de famílias,
Artesãos em suas barraquinhas vendem de tudo um pouco,
Cachorros e seus donos são levados a passear,
Turistas encantados com tanta variedade querem de tudo comprar,
Artistas variados se apresentam em algum lugar
E para completar, em junho o Arraial do Pavulagem vem nos alegrar.

No mais famoso mercado a céu aberto de Belém, o Mercado do Ver-o peso,
Tem inúmeras barraquinhas, onde se pode encontrar
Farinha, temperos, frutas, verduras, peixes, carangueijos e artesanato
Pasmem, até artigos de mandinga, pro seu amor retornar.

A Estação das Docas, antes um abandonado conjunto de armazéns do porto,
Com sua bela estrutura em ferro inglês, às margens da Baía do Guajará,
Após uma boa reforma, ganhou o status de espaço gastronômico e cultural,
Com bares, restaurantes, exposições de arte, teatro e cinema, a nos orgulhar.

Considerada “Cidade das Mangueiras” pela presença de centenas delas,
Dispostas de forma ordeira e aparelhada, formando túneis nas ruas e praças,
Garantem sombra para amenizar as altas temperaturas da cidade,
E vidros de carros quebrados na safra de mangas da região.

Em Belém se encontra uma variedade de cheiros e sabores,
O açaí em seus cachos de caroços redondos e arroxeados,
Que após ficar de molho, são amassados manualmente ou batidos em máquina própria,
Um líquido roxo, espesso e saboroso é obtido, que dependendo do freguês
Pode ser tomado com farinha de tapioca ou farinha d’água, camarão ou peixe frito
Na forma de sorvete ou o que a imaginação dos paraenses inventar.

O cupuaçu, fruto de casca dura e cor marron escuro,
Com grandes sementes, massa branca e espessa,
É uma fruta que não se esconde nem se rejeita,
Pelo cheiro característico e sabor incomparável, a que tudo se sujeita.
Pode-se com ele tudo fazer vinho, sorvete, cremes, bolos e outras receitas,


A pupunha, produzida em cachos com numerosos frutos arredondados,
Que variam entre o vermelho e o verde, de polpa amarelada e fibrosa,
Deve ser fervida em água e sal; ter sua casca e caroço retirados,
E ser comida pura ou acompanhada de um gostoso cafezinho.

Outra iguaria paraense bastante apreciada é o tacacá,
Feito com tucupi, temperado com alho e chicória,
Jambu, goma de mandioca, camarão seco salgado e se quiser pimenta-de-cheiro.
Preferido nas tardes acaloradas de Belém, servido numa cuia,
Deve ser tomado em goles pequenos para não queimar a boca e nunca, de colher.

A Ilha do Mosqueiro, distrito de Belém,
É uma ilha da costa oriental do Rio Pará, em frente à Baia do Marajó,
Possui vinte praias de água doce com movimento de marés.
Não se vai ao Mosqueiro, se não comer pelo caminho a pamonha do Goiano,
Atravessar a ponte e comer camarões preparados na hora
Passar o dia na praia de sua escolha bebendo e comendo de tudo,
Comer o pastel do Oliveira, as tapioquinhas, o raspa-raspa e outras guloseimas na praça,
E finalmente cansado, empanturrado e satisfeito, encarar a estrada de retorno para casa.

Em Icoaraci, outro distrito de Belém, a cerca de vinte quilômetros da capital,
Além de se compartilhar espaços agradáveis e saborosos na sua Orla,
É possível tomar água de coco e comprar peças de cerâmica marajoara diretamente do artesão,
Nas feirinhas das praças da Matriz e São Sebastião.

Em Belém encontramos também o Espaço São José Liberto
Que após reforma do antigo presídio São José, foi reaberto como Pólo Joalheiro,
Podemos compartilhar o Espaço da Casa das Onze Janelas, antigo sobrado,
Que já abrigou um hospital militar e foi transformado em galeria de arte.
E o Parque Emílio Goeldi com muitas espécies de plantas que faz a alegria da criançada,
Onde pode ver “ao vivo” pacas, cutias, bichos-preguiça, jacarés e até onça pintada,

Quanto ao folclore, o Carimbó,
Dança de roda bastante animada do litoral do Pará,
Não deixa ninguém parado quando suas músicas se põem a tocar
De origem indígena, misturou-se com outras influências, principalmente negra
Foi declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil, em 2014.

É por tudo isso e muito mais,
Embora já tenha viajado, de Norte ao Sul do país,
De avião, carro, navio, canoa, cavalo, trator, carroça e a pé,
Reconheço que a melhor parte da viagem

É justamente o “voltar para casa”



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