Fernando Barroso Duarte
Durmo no
vácuo da noite
Viajo
campinas desconhecidas
Me cubro,
agasalho meus pensamentos no que deveria ser
calada da
madrugada
Mas o vento
uiva, ricocheteia,
reverbera,
diz que está lá fora e
que não
consegue dormir
Assim
estamos nós
Minha alma
pega carona neste vento
acelerado
madrugada a dentro
Me viro,
respiro, adormeço e acordo
Sinto tal
qual um canal, em que sonhos,
temores,
incertezas, viajam velozes e
incontroláveis
no turbilhão da madrugada
Que noite!
Que vácuo de
vento!
Quem sou eu?
Porque estou
a correr tanto neste canal de vento?
que uiva
loucamente e pede so um pouco de silêncio para repousar
seus sonhos
E vento
sonha?
ou só gente
pode?
Cachorro
também não?
Sei não
Acho que eu
só queria dormir até despertar e nem ouvir lá fora.
Pouco me
importa a direção da ventania
Não devia
ventar à noite.
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