06 janeiro, 2018

DO CORONEL AOS CORONÉIS

Por:
Josemar Otaviano de Alvarenga
Regional MINAS GERAIS
E-mail: alvarengajosemar@gmail.com








O coronelismo político acabou no Brasil? Falo do Coronel de Barranco, do Vale do São Francisco. O chefe de bando de jagunços. Bandidos de familiar tradição na foz, Arraial do Cabeço, hoje Sergipe.

Então, Sertão da Bahia, de ir da margem direita do Chico até a nascente e foz do Rio Doce, colonizado com mãos de ferro desde o Segundo Império. Reforçado na república e agonizado em meados do séc. XX, o Coronel de Barranco, chefe de aventureiros em covardes, constituía-se nos três poderes locais. De início, em apoio ao Império. Depois, chefe político de curral eleitoral e votos de cabresto da república. O coronel de batina era o mais temido. São personagens da história colonial.

Essa figura do Brasil Colônia, pelas mãos do atual governo volta ao cenário político, em pleno século XXI. Estrutura mesmos currais eleitorais aos votos de cabrestos, só que, em todo território nacional; extrapolou o Vale do Chico. Manipula medroso e cevado povo miserável, com Bolsa Família, bolsa isso e aquilo e a cidadania vale nada, enquanto no país, nos poderes de regê-lo, a desfaçatez, corrupção e conluio de marginais, constituídos na legalidade e com apoio do primeiro escalão do poder.

O Brasil é um novo México e vai em mesma ação por décadas, e enquanto lá predominou o PRI, aqui a esquerda festiva do PT e base do governo, fazem do povo manipulado lacaio, de valer pelo voto e impostos que paga, sem retorno nem cidadania.

O modelo gessa progressivo, sem arroubos e tácito, o povo inerme. Visa mantê-lo em mesmas mãos, na tramóia pseudo-democrática em instância de ditadura branca, com o aprovo de pesquisas e votos dos de comer na cuia. Costume dos Coronéis de Barranco, em país que não se moderniza.

Nisso, grassam comida e trocadinhos em disfarce legal sobre o manto da caridade, com apoio religioso. Incutem ignorância através de professores e escolas despreparadas, moldam espíritos submissos em mãos escravas ao trabalho nos latifúndios; agro negócio, funcionalismo público corrupto, bancos e narcotráfico e se garante o poder sob falsa idéia democrática, com votos de cabresto dos currais eleitorais, de manter alta popularidade do presidente.

Fecha a observação a fala do maior defensor do “Coronel Sarney”, dono do miserável latifúndio Maranhão, palco dos menores índices de desenvolvimento social e humano, comparáveis a Namíbia. Lá, até o ar é do Coronel Sarney, de levar seu domínio às terras do Amapá. Coronel de enxertar nove familiares pelos fundilhos do senado, como se fosse casa própria e repetir o clássico do Lula: “Eu não sabia”.

Nas feridas expostas da corrupção e ladroagem no senado, sangrando desde a primeira até a atual presidência Sarney, Lula em bafo de “Sapo Barbudo”, como diria Brizzola, defende o Coronel do Maranhão: “Chega de denuncismo. A imprensa precisa se conter. Não se pode tripudiar sobre um nome como o de José Sarney, pois, ele não é um homem comum ”.

Sarney fora achacado pelo seu atual defensor, tachado de ladrão, corrupto, quadrilheiro, antes do Lula presidente. Mas, está certo o chefe em “Coronel Sapo Barbudo”. Nós, o povo, estamos errados.

Somos iguais perante a lei. Iguais a ladrão, salafrário, quadrilheiro, traficante, corrupto; político do mensalão, sanguessuga, ministro do STF de vender sentença, a base do governo? Embusteiros quaisquer,  independente da natureza, sexo, estado civil, crença, partido ou passado político, esses são iguais a nós escorchados pela vagabundagem e impunidade pública?

Na democracia do Lula existem os mais iguais; os Coronéis de Barranco de vingar por este Brasil afora, obra desse magnífico governo ao retrocesso na história. São semeados a partir do canteiro de impunidades desta baderna moral chamada Brasília, a capital, e do comando da nação, o antro da corrupção nacional.

A Derrama, motivo da Inconfidência Mineira, foi de 20% de impostos, o quinto da produção. Hoje o povo paga quase 40% do PIB, está abandonado quanto a assistência básica prevista na constituinte; Saúde, Escola, Segurança Pública. Grassa a corrupção e a rapinagem do erário e "Eu não sabia, fui traído".

Para o atual governo, tirando a retórica populista, a nação e o povo que se dane...  Tudo sempre acaba em pizza e depois, tem carnaval e futebol. 

Falando nisso, a Copa do Mundo vem aí!...

(texto escrito em 2009)




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