Por:
Michel Herbert Alves Florêncio
Regional MARANHÃO
E-mail: mh.florencio@uol.com.br
A 10 mil pés, voando do
norte ao sul do Brasil
neste imenso céu azul
consegui enfim extrair de
ti, além das gotas da chuva,
a tua essência.
Notei-te tão pertinho de
mim, ora homogênea, pura e límpida,
leve plenitude que segue,
sem destino.
Ora densa, escura, informe
e resistente ao vento, como eu.
Ora divinamente útil e até
suficientemente sábia
para assim poder abrandar a
ira do sol.
Ora revolta, uma verdadeira
inversão do mar,
que deságua torrentes
naufragando na terra,
culpados inocentes.
Tal qual a nuvem,
multiforme em suas várias dimensões,
tento harmonizar na minha
inquietude,
a terra, o mar e o céu,
em chuvas de versos em
linhas de qualquer papel.
Assim como a nuvem,
evaporo-me neste torrão
transpasso em muito ares
sem perder jamais
de vista a minha missão.
Sou a própria substância em
sentimentos
que inesperadamente se
decompõe em gotas
trazendo refrigério ao mais
ambíguo coração.
Está aí, enfim, a minha
vocação.
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