José Luiz de Vasconcelos Barros
In memoriam
Helênicas e fantásticas visões,
povoam meu sono solitário,
trazendo sonhos, odes convulsões
que, emergem do meu imaginário!..
Munido de Mágicas e aladas sandálias,
qual Perseu em luta atroz e desvairada,
vou tentando em vão decapitar
as Górgonas, que infestam minha estrada.
E sou, de Zeus devoto penitente:
"soberano pai dos deuses e dos homens"
cujas leis governam o cosmo e a eternidade,
enchendo de luz, o mundo e a espiritualidade.
Com meu escudo de bronze, bem polido,
Ouso adentrar o olimpo e enfrentar
A fúria de seus deuses para conquistar
De Afrodite, o amor, e nas olimpíadas a glória!
Qual Adonis terei a vida efêmera,
Enquanto do seu ventre hão de
brotar,
Filhos que serão deuses e saberão amar
o pai, que em seus jardins há de finar.
Não tarda, porém, dos deuses a "revanche",
E antes que do sono desperte ofegante,
cavalgando Pégaso Belerofonte
matou minha Quimera inda na fonte...
Desperto afinal, do sono inglório
despido do sonho e da fantasia
procuro em vão, achar na luz do
dia
outra quimera fonte de alegria!
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