Raimundo José Arruda Bastos
Durante mais um final de semana
abençoado, repleto de alegrias, atribuições profissionais e familiares, bastou
que eu batesse os olhos em uma foto da família na residência da minha irmã
Regina, por ocasião do seu aniversário, para que eu sentisse um arrebatador
desejo de escrever sobre a família e a graça de ter uma estruturada.
Deitado em uma rede com Marcilia,
tendo ao redor meus filhos, e ainda olhando embevecido para o infinito céu azul
e a imensidão do mar da praia de Águas Belas, senti a inspiração final para
começar a escrever sobre a família. Era a tintura ideal, a moldura e a paisagem
que esperava para o tema.
Para começar, necessitava de alguns
dados, pois não gostaria de escrever só sobre os consanguíneos, mas sim incluir
os afins, que vou me negar no texto a chamá-los de “agregados”, principalmente
por reconhecê-los como fundamentais para o crescimento da família, em
quantidade e qualidade. São todos muito amados!
Em uma breve pesquisa com minhas
lindas irmãs, contabilizamos o número de cem pessoas considerando como início a
geração dos meus amados pais. A quantidade me assustou e me fez cair na real
que estou realmente ficando velho, embora me sinta como vinho, cada vez melhor,
sem sequer notar o peso dos anos, uma vez que estou em plena forma. Resolvi,
então, adotar o título de “top 100” em homenagem a todos.
A minha crônica tem por finalidade
exaltar a importância da família como base de tudo, nosso porto seguro e um
presente de Deus para todos nós. A responsabilidade, portanto, de um casal que
inicia uma família é imensa, do tamanho do céu e do mar de Cascavel. A cada dia
que passa, com a mudança dos tempos, as drogas, a violência social, as
tentações da modernidade e a desagregação familiar, o desafio para as famílias
é cada vez maior.
A célula mater de toda família são os
pais, a fonte de tudo. Lembro com carinho, então, de Cesar Bastos e Maria de
Lourdes, meus pais e principais protagonistas da minha crônica. A semente que
fez germinar essa grande e frondosa árvore. Vai aqui minha homenagem a eles que
são os protótipos e um exemplo a ser seguido por todos. Encontramos em muitas
famílias outros Cesars e Lourdes que, como eles, tem muita dificuldade
atualmente para criar seus filhos, mas, que com muito amor e responsabilidade,
dedicam suas vidas pelas famílias.
Meu pai é o único da minha família
que não está mais entre nós, está no plano superior, intercedendo e cuidando de
todos. As lembranças da sua figura de magnífico pai, esposo e filho fez uma
lágrima correr na minha face. Se você, assim como eu, não tem mais um dos pais
e seus olhos marejaram ao ler esse parágrafo do meu texto, digo que tenho
certeza de que você é ou será um excelente exemplo para sua família. Ter o coração
aberto e sensível às emoções é muito importante. Não se reprima, demonstre todo
seu amor à sua família antes que seja tarde.
Minha família, como a dos meus
leitores, não é melhor e nem pior do que as outras, é só a minha família e isso
faz toda diferença. É sangue do meu sangue e é por ela que me transformo em um
gigante para enfrentar os desafios que a vida nos apresenta. É na família que
encontramos forças para encarar as agruras da vida, as dificuldades, as
provações, por mais difíceis que elas sejam. Não devemos nos sentir menores ao,
sempre que necessário, apelar para o aconchego e o apoio familiar. Nossa
família é para Deus o espelho da imaculada família de Nazaré.
Com a música do seriado “A grande
família”, dedico essa minha crônica a todas as famílias do mundo. “Essa família
é muito unida e também muito ouriçada; briga por qualquer razão, mas acaba
pedindo perdão”. É assim que entendo ser família. Que Deus ilumine todos vocês
que, como eu, tem uma grande família. Para aqueles que pretendem iniciar as
suas e também para quem ainda não valoriza a que tem, digo que ainda é tempo e
que o principal fermento para fazer crescer uma bela família é o amor, a união
e a fé em Deus.
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