Luiz Ayrton Santos Junior
Há sempre um pouco de dor no humor
Sempre um riso inimigo que manda flores
E uma água gelada que queima
O fogo dos amores
Há sempre gente crente no assassino
Prostituta que se apaixona
Velas que não apagam
Trilhas sem destino
Inventaram até uma rapadura que não engorda
(navio que não é preso em corda)
Há sempre uma pimenta que é doce
Sempre uma folha seca no inverno
Sentimentos desmedidos e complexos
Também sempre resta no final da gargalhada
Uma lágrima
E há sempre um tigre banguela
Uma moça linda na favela
Um mamífero que não mama, mas rói
Pois em toda verdade
Há sempre uma parte que dói
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