28 março, 2017

AS ESCOLHAS

Por:
Kátia Marabuco
Regional PIAUÍ






Tenho um verdadeiro fascínio pela saga da evolução humana na terra. Revistas, livros , novidades científicas do tema, descobertas arqueológicas do elo perdido me atraem e aguçam meus sentidos investigatórios .
Fico imaginando nossos antepassados nos primórdios da genealogia humana, nas savanas africanas, nas terras hostis e áridas, nas cavernas e atravessando o mar de gelo nas eras glaciais; são situações diversas, desafios e armadilhas que fortaleceram os nossos coletores- caçadores  na elaboração de rotas neurais cada vez mais complexas. Nosso  cérebro, esse extraordinário comandante, onde bilhões de coligações se expressam nos diversos setores da economia orgânica é o resultado de  experiências  dramáticas, mudanças drásticas, tentativas e erros, busca do bom, belo , salutar e harmonioso. uma interação sinérgica entre as forças intrínsecas e extrínsecas que nos impulsionam no progredir sempre.
Progredir sim, creio, pois se olharmos para trás para essa saga maravilhosa da raça humana, nos quedamos deslumbrados de como saímos das cavernas,  desde os hominídeos, o primeiro encontrado Sahelantropus tchadensis, até os dias atuais, tecnológicos e cosmopolitas.
Esse aprendizado lento ao longo das eras, nos possibilitou guardamos nos intrincados arquivos do inconsciente as rotas seguras, as de aventuras, as desafiadoras e de risco, as enganosas , as  cautelosas, os caminhos plácidos e serenos. São escolhas e escolhas. Escolhas baseadas nas experiências acumuladas. A grande maioria das nossas escolhas e decisões são baseadas em comandos inconscientes que nos governam. São impulsos e desejos inconscientes que impelem e influenciam fortemente o que pensamos e o que fazemos.(1)
É reconfortante pensar na liberdade, neste poder extraordinário que só um Pai amoroso e compassivo teria nos outorgado, o livre pensar.
O homem ainda corruptível e mau ao se apossar do poder sobre seus semelhantes é capaz de coagir, cercear, aprisionar, possuir e tiranizar,  pela ignorância e pelo pequeno e  infantil sentimento de posse.
Somente o Criador em Seu Pleno Amor às suas criaturas dar livremente essas asas, do livre pensar e da possibilidades de escolhas. A medida que o ser cresce em experiência  e sabedoria se conscientiza que a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória (2). Esse é o sentimento de madureza espiritual, a consciência da lei  do livre arbítrio.
1) Sciam  ano 12 n 141, pag. 26 a 33.

2) Mateus. XIII, 1-43


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