Kátia Marabuco
Regional PIAUÍ
Tenho um verdadeiro fascínio pela saga da evolução
humana na terra. Revistas, livros , novidades científicas do tema, descobertas
arqueológicas do elo perdido me atraem e aguçam meus sentidos investigatórios .
Fico imaginando nossos antepassados nos primórdios
da genealogia humana, nas savanas africanas, nas terras hostis e áridas, nas
cavernas e atravessando o mar de gelo nas eras glaciais; são situações
diversas, desafios e armadilhas que fortaleceram os nossos coletores- caçadores
na elaboração de rotas neurais cada vez mais complexas. Nosso
cérebro, esse extraordinário comandante, onde bilhões de coligações se
expressam nos diversos setores da economia orgânica é o resultado de
experiências dramáticas, mudanças drásticas, tentativas e erros,
busca do bom, belo , salutar e harmonioso. uma interação sinérgica entre as
forças intrínsecas e extrínsecas que nos impulsionam no progredir sempre.
Progredir sim, creio, pois se olharmos para trás
para essa saga maravilhosa da raça humana, nos quedamos deslumbrados de como
saímos das cavernas, desde os hominídeos, o primeiro encontrado Sahelantropus
tchadensis, até os dias atuais, tecnológicos e cosmopolitas.
Esse aprendizado lento ao longo das eras, nos
possibilitou guardamos nos intrincados arquivos do inconsciente as rotas
seguras, as de aventuras, as desafiadoras e de risco, as enganosas , as
cautelosas, os caminhos plácidos e serenos. São escolhas e escolhas.
Escolhas baseadas nas experiências acumuladas. A grande maioria das nossas
escolhas e decisões são baseadas em comandos inconscientes que nos governam.
São impulsos e desejos inconscientes que impelem e influenciam fortemente o que
pensamos e o que fazemos.(1)
É reconfortante pensar na liberdade, neste poder
extraordinário que só um Pai amoroso e compassivo teria nos outorgado, o livre
pensar.
O homem ainda corruptível e mau ao se apossar do
poder sobre seus semelhantes é capaz de coagir, cercear, aprisionar, possuir e
tiranizar, pela ignorância e pelo pequeno e infantil sentimento de
posse.
Somente o Criador em Seu Pleno Amor às suas
criaturas dar livremente essas asas, do livre pensar e da possibilidades de
escolhas. A medida que o ser cresce em experiência e sabedoria se
conscientiza que a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória (2). Esse é o
sentimento de madureza espiritual, a consciência da lei do livre
arbítrio.
1) Sciam ano 12 n 141, pag. 26 a 33.
2) Mateus. XIII, 1-43
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