Regional PARÁ
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Moro na cidade de
Belém, capital do Estado do Pará
Na Região Norte do
Brasil
Que hoje, jovem em
seus 400 anos,
Tem muito o que
celebrar.
O Círio de Nazaré,
festividade que ocorre no segundo domingo de outubro,
É a maior procissão
católica do país, com mais de dois milhões de romeiros,
Tem a Catedral da
Sé, como ponto de partida
E a Basílica de
Nazaré como seu ponto de chegada.
A Praça da República
no Centro de Belém, aos domingos, fica lotada de famílias,
Artesãos em suas
barraquinhas vendem de tudo um pouco,
Cachorros e seus
donos são levados a passear,
Turistas encantados
com tanta variedade querem de tudo comprar,
Artistas variados se
apresentam em algum lugar
E para completar, em
junho o Arraial do Pavulagem vem nos alegrar.
No mais famoso
mercado a céu aberto de Belém, o Mercado do Ver-o peso,
Tem inúmeras
barraquinhas, onde se pode encontrar
Farinha, temperos,
frutas, verduras, peixes, carangueijos e artesanato
Pasmem, até artigos de
mandinga, pro seu amor retornar.
A Estação das Docas,
antes um abandonado conjunto de armazéns do porto,
Com sua bela
estrutura em ferro inglês, às margens da Baía do Guajará,
Após uma boa reforma,
ganhou o status de espaço gastronômico e cultural,
Com bares,
restaurantes, exposições de arte, teatro e cinema, a nos orgulhar.
Considerada “Cidade
das Mangueiras” pela presença de centenas delas,
Dispostas de forma
ordeira e aparelhada, formando túneis nas ruas e praças,
Garantem sombra para
amenizar as altas temperaturas da cidade,
E vidros de carros
quebrados na safra de mangas da região.
Em Belém se encontra
uma variedade de cheiros e sabores,
O açaí em seus
cachos de caroços redondos e arroxeados,
Que após ficar de
molho, são amassados manualmente ou batidos em máquina própria,
Um líquido roxo, espesso
e saboroso é obtido, que dependendo do freguês
Pode ser tomado com
farinha de tapioca ou farinha d’água, camarão ou peixe frito
Na forma de sorvete ou
o que a imaginação dos paraenses inventar.
O cupuaçu, fruto de
casca dura e cor marron escuro,
Com grandes
sementes, massa branca e espessa,
É uma fruta que não
se esconde nem se rejeita,
Pelo cheiro
característico e sabor incomparável, a que tudo se sujeita.
Pode-se com ele tudo
fazer vinho, sorvete, cremes, bolos e outras receitas,
A pupunha, produzida
em cachos com numerosos frutos arredondados,
Que variam entre o
vermelho e o verde, de polpa amarelada e fibrosa,
Deve ser fervida em
água e sal; ter sua casca e caroço retirados,
E ser comida pura ou
acompanhada de um gostoso cafezinho.
Outra iguaria
paraense bastante apreciada é o tacacá,
Feito com tucupi,
temperado com alho e chicória,
Jambu, goma de
mandioca, camarão seco salgado e se quiser pimenta-de-cheiro.
Preferido nas tardes
acaloradas de Belém, servido numa cuia,
Deve ser tomado em
goles pequenos para não queimar a boca e nunca, de colher.
A Ilha do Mosqueiro,
distrito de Belém,
É uma ilha da costa
oriental do Rio Pará, em frente à Baia do Marajó,
Possui vinte praias de
água doce com movimento de marés.
Não se vai ao
Mosqueiro, se não comer pelo caminho a pamonha do Goiano,
Atravessar a ponte e
comer camarões preparados na hora
Passar o dia na
praia de sua escolha bebendo e comendo de tudo,
Comer o pastel do
Oliveira, as tapioquinhas, o raspa-raspa e outras guloseimas na praça,
E finalmente
cansado, empanturrado e satisfeito, encarar a estrada de retorno para casa.
Em Icoaraci, outro
distrito de Belém, a cerca de vinte quilômetros da capital,
Além de se
compartilhar espaços agradáveis e saborosos na sua Orla,
É possível tomar
água de coco e comprar peças de cerâmica marajoara diretamente do artesão,
Nas feirinhas das
praças da Matriz e São Sebastião.
Em Belém encontramos
também o Espaço São José Liberto
Que após reforma do
antigo presídio São José, foi reaberto como Pólo Joalheiro,
Podemos compartilhar
o Espaço da Casa das Onze Janelas, antigo sobrado,
Que já abrigou um
hospital militar e foi transformado em galeria de arte.
E o Parque Emílio
Goeldi com muitas espécies de plantas que faz a alegria da criançada,
Onde pode ver “ao
vivo” pacas, cutias, bichos-preguiça, jacarés e até onça pintada,
Quanto ao folclore,
o Carimbó,
Dança de roda
bastante animada do litoral do Pará,
Não deixa ninguém
parado quando suas músicas se põem a tocar
De
origem indígena, misturou-se com outras influências, principalmente negra
Foi declarado
patrimônio cultural imaterial do Brasil, em 2014.
É por tudo isso e
muito mais,
Embora já tenha
viajado, de Norte ao Sul do país,
De avião, carro,
navio, canoa, cavalo, trator, carroça e a pé,
Reconheço que a
melhor parte da viagem
É justamente o
“voltar para casa”