Alcione Alcântara Gonçalves
Regional SÃO PAULO
O Sol
deita-se no horizonte e os raios afogueados, matizados de púrpura, amarelo e arroxeados,
produzem um quadro deslumbrante, diante de nossos olhos.A penumbra se avizinha,
diante do ocaso do nosso Astro Rei.
Enquanto
desce o Sol no horizonte, a borda do globo terrestre vai, aos poucos,
interceptando os raios solares, projetando uma sombra na abóbada celeste que,
pouco a pouco, vai escurecendo até se transformar numa noite escura.
A negritude
da noite, como num passe de mágica, de repente se ilumina e, em todo o
hemisfério celeste, surgem luminares que cintilam, enchendo o céu de milhares
de pontos luminosos, irradiando suas luzes:vermelhas, amarelas, brancas,
azuladas e d´outros matizes, indicando a presença dos Sois e constituindo os
sistemas solares de nossa Galáxia.
A Via
Láctea, com seus numerosos braços espiralados, salpicados de Estrelas,
Planetas, Globulares, Nebulosas e um Buraco Negro no seu centro, uma grande
compactação de matéria, dotada de uma extraordinária força gravitacional, atraindo tudo que passa por perto,
incorporando-o à sua massa. Até a luz é atraída, coagulada e transformada em
matéria densa.
A sombra, a
escuridão e a noite eterna, predomina neste “Buraco Negro”, porque a atração
gravitacional é tão grande que condensa a poeira das estrelas, as nebulosas,
galáxias e as luzes dos seus numerosos sois, transformando numa massa compacta
e escura.
Os Eclipses,
são interceptações da Luz solar, pela Terra ou Lua, projetando um cone de
sombra, sobre o nosso planeta ou nosso satélite. A depender da incidência dos
raios solares e da distancia em que a lua se encontra do sol, poderá projetar
um cone de sombra que cobre totalmente a
Terra, produzindo o Eclipse Total do Sol. Se a Lua estiver mais afastada do Sol
e, a incidência da radiação solar estiver na mesma tangente ou seja: Sol, Lua e
Terra alinhados tangencialmente, forma-se um cone de sombra, que cobre
parcialmente a Terra e temos o Eclipse Parcial do Sol. Nestas mesmas condições,
mudando apenas o alinhamento dos três astros:Sol, Lua e Terra, a incidência ,
em vez de perpendicular, agora é inclinada, o cone de sombra sobre a terra,
também será parcial e um Eclipse parcial se forma.
Ao
invertermos a posição da Lua, colocando a Terra como obstáculo sombreador, é
esta que vai projetar o cone de sombra
sobre a Lua, formando os Eclipses Lunares: Totais e parciais, nas mesmas
condições já descritas para os eclipses do sol.
Tudo isto,
compõe a dança do Universo: este bailado sincrônico, temporal, sazonal e eterno,
de todos os corpos celestes, componentes deste corpo de “ballet” da Grande
Companhia Universal .
A
sincronicidade dos movimentos de rotação e translação, marcam o ritmo desta
dança no grande palco das galáxias.
As
Estrelas, através de suas reações atômicas , produzem Luz, brilho e iluminam o
grande palco galaxial, onde Planetas, Satélites e Luas, dançam suas valsas
nupciais , numa demonstração de paz, alegria e respeito em relação ao grande
Maestro que, com sua batuta, rege e comanda toda esta Orquestra e todo este Corpo
de Baile, com destreza e precisão, buscando a perfeita afinação dos
instrumentos, para que a música não fique semitonada; orientando os seus
bailarinos, para que não errem o passo, evitando choques com os colegas,
produzindo assim o espetáculo perfeito da Natureza, que agradece ao seu Maestro
e seu Criador, pela oportunidade de participar desta dança universal.
Agradece também,
pela Luz, que ilumina e aquece e pela Sombra, produzida pelos movimentos
rotacionais planetários, criando um Ciclo de Luz e Sombra, Dia e Noite,
indispensável para a nossa vida neste planeta Terra.
Sombra que
significa noite, noite que significa mistério, mistério que revela a alcova das Nebulosas, o Berçário Estelar,
donde sairão as novas Estrelas que continuarão iluminando e participando da grande Dança do Universo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar.