Afonso Rufino de Sousa
Negra é a pele, vermelho é o sangue
e branca é a alma.
Ilustres nas artes e craques na bola
irmãos que vieram da África distante
da distante Angola.
Aqui chegaram em navios negreiros
e só encontraram trabalho forçado
por este Brasil inteiro.
Das senzalas aos canaviais
dos engenhos aos cafezais
da cozinha baiana ao ouro
das Minas Gerais.
Trabalharam muito sofreram demais
nos troncos castigados
e pelas matas caçados
como simples animais.
Do Quilombo dos Palmares
aos Kalungas de Goiás
essa gente nos mostrou
de Sul ao Norte o quanto é rica
alegre e forte.
Que a força do amor
lhes traga mais sorte
e jamais permita, discriminações
desprezo e mortes.
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