Manoel Tenório de Albuquerque Lins Neto
Regional ALAGOAS
Sempre que tenho oportunidade de falar sobre o assunto, quer na mídia, quer em conferências, afirmo de forma contundente que ESTRESSE MATA. As pessoas que me assistem sempre ficam assustadas, e, numa tentativa de buscar tranquilidade, desenvolvem o seguinte raciocínio: "Fulano é calmo e por isso não vai ser pego pelo stress" - Sic.
Esse
é um grande erro, e aproveito a oportunidade deste artigo, para desfazê-lo
esclarecendo ao leitor. O que é o estresse? É uma resposta fisiológica a
qualquer pressão identificada pelo organismo como ameaça: pressão do mundo
externo e ou pressão do mundo interno. Esta resposta, que é o estresse, demanda
no organismo, reações em quatro fases:
Fase
de Alerta - Quando há a identificação do perigo e a motivação para enfrentá-lo
(e a chamada fase positiva do estresse).
Fase
de Resistência Transitória - É uma adaptação da fase de alerta.
Fase
de Resistência Duradoura - É quando o organismo usa os estoques celulares de
nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos / neurotransmissores ), para
formação dos defensores orgânicos, havendo aumento reversível do colesterol
sanguíneo, da pressão arterial, da produção de radicais livres etc.
Fase
de exaustão - Quando pela permanência do elemento pressor, o estresse como
reação fisiológica, perpetua-se esgotando os estoques de nutrientes acontecendo
desequilíbrios bioquímicos ou fisiológicos ou emocionais ou os três a saber:
Desequilíbrios
bioquímicos - hipercolesterolemias, hipoglicemias, hiperglicemias reativas
etc.
Desequilíbrios
fisiológicos - hipertensões arteriais essenciais, hipercloridrias, gastrites,
colites etc.
Desequilíbrios
emocionais - ansiedades, depressões, insônias, pânicos, cansaços ao acordar,
desinteresses sexuais, distúrbios de memórias etc.
Pelas
reações enunciadas e descritas, pode o leitor, perfeitamente, compreender que
em um indivíduo estressado, e na FASE DE EXAUSTAO, o organismo poderá estar
apresentando desequilíbrios bioquímicos e ou fisiológicos sem que,
necessariamente, alterações emocionais estejam presentes, tornando-se mais
traiçoeira ainda a ação silenciosa do estresse.
E
há o que fazer? - poderia perguntar o leitor.
É
claro que sim, pois a moderna medicina preventiva dispõe de uma quantidade de
exames capazes de detectar, objetivamente, se esta condição maléfica do
estresse está ocorrendo no organismo, independentemente da existência ou não de
sintomas, e, a partir desses achados, estabelecer a estratégica terapêutica
adequada capaz de dominar e vencer esse inimigo silencioso.
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